quinta-feira, 23 de setembro de 2010

C.S LEWIS


De fato,desde menino,Lewis teve sua vida marcada pela dor.A morte da mãe,quando ele tinha 10 anos de idade,não foi uma experiência realmente religiosa,mas certamente tão negativa que acabou infligindo nele um realismo cético,que o levou a abandonar o Cristianismo,depois de experiências escolares desastrosas sofridas num colégio interno na Inglaterra.

Há por assim dizer ,três Lewis : o pré- moderno,o moderno e o pós-moderno.O primeiro,anterior à conversão ao Cristianismo em 1929,basicamente um escritor acadêmico.
O segundo,o scholar cristão,e um terceiro Lewis,sem dúvida o mais fascinante e surpreendente,o imaginative writer.

O exemplo mais simples disso está no que as pessoas chamam de fair,de que temos um senso de justiça embutido.
Temos um senso universal do tipo de comportamento que admiramos e do que desprezamos .Podemos falar de virtudes e vícios.Isso leva a um conceito de Lei e do Autor da Leis que governa o comportamento humano.A Lei não é a mesma da Lei da gravidade,porque no segundo caso não temos escolha,a não ser de obedecer às Leis físicas.A lei que governa a conduta humana é distinta então da forma como o universo funciona.
Sabemos o que temos de fazer,mas não o praticamos,não somos animais, constante e exclusivamente conduzidos pelos desejos.
Fazemos coisas que contradizem nossos desejos pessoais todo o tempo.Algumas vezes desistimos diante dos desejos e depois nos culpamos quando nossa consciência nos diz que contrariamos a Lei >>>>>>
"É depois que você reconhece que existe realmente uma LEI MORAL e um poder por trás da lei, e que você quebra essa lei e se posiciona de forma errada diante desse Poder -apenas depois disso tudo,e em nenhum momento antes ,o Cristianismo começa a dizer respeito ao homem."
(Cristianismo Puro e Simples)


-Fico surpreendido com a audácia com que algumas pessoas se encarregam de falar de Deus.Num tratado dirigido a ímpios,elas começam com um capítulo provando a existência de Deus mediante as obras da Natureza ...isso apenas confere aos leitores base para pensar que as provas de nossa "religião" são muito fracas...É notável o fato de que nenhum escritor canônico jamais fez uso da Natureza para provar Deus.(O Problema do Sofrimento p.9)




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